Sempre sonhei com a maternidade. Muito mesmo! E por um longo tempo...
E no auge dos meus devaneios me via amamentando, acordando a noite, trocando fralda, dando comidinha, brincando no chão, levando ao pediatra, ensinando coisas certas e algumas erradas... Enfim, me via MÃE!
Nunca desejei ter babá, ou coisa do tipo. Ainda bem, porque eu nem tenho como ter uma!!! hahaha...
E que fique claro: não critico quem tem! Mas sempre quis cuidar da minha cria sozinha. Sei lá, coisa minha mesmo!
E ela chegou... E parecia fácil.
Mas, de cara, me vi sozinha... Só papai, ela e eu!!!
Então tive que ser mãe, enfermeira, dona de casa, esposa, psicóloga (de mim mesma) e outras cositchas mais.
O fato é que por muito tempo segurei a barra direitinho e até senti orgulho de mim...
Com uma criança de pouco mais de 1 aninho, limpava a casa toda, lavava a roupa, cuidava das papinhas, brincava, saía com a cria pendurada pra fazer tudo, até pra dar aula comigo e, quando ela não ficava com a secretária da escola ou do consultório do papai, dava aulas com ela no meu colo mesmo!
E você deve se perguntar: como? Assim mesmo, com ela quietinha assistindo ou sentada no chão brincando...
Se era desgastante?
Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito!
E tinha dias em que eu pensava: mulher, você me enche de orgulho, mas será que vai aguentar???
E será que é assim que deve ser?
Tinha dó dela e de mim... E não era bom esse sentimento.
Mas eu não queria dividir nada e nem terceirizar...
E por isso, estava sempre cansada!
Então, veio a realização de um novo sonho...
Grávida de novo!
E agora? Vou dar conta???
Surgiu então um "anjo da guarda" que passou a me ajudar com a casa e o fogão.
E assim pude ter um pouquinho mais de tempo pra minha barriga e pra minha filhota...
Hum... Delícia!
Mas ainda tinham coisinhas que eu fazia questão de cuidar eu mesma... Da Helena, por exemplo.
Banho, comida, televisão, brincadeiras, natação, passeios... Eu precisava me ver protagonista de tudo isso.
E é claro que papai sempre protagonizou comigo. E sempre desempenhou com grande habilidade seu papel.
Nosso esquema de revezamento com os cuidados com a nossa pequena sempre foi lindinho. Funcionou muito bem.
E ele chegou...
E contrariando todos os palpites, foi um início super tranquilo.
Tive uma licença maternidade de 9 meses. E, embora tivesse que dar uns "pulinhos" na escola de vez em quando, tudo corria mais tranquilo do que eu esperava.
Mas não dá pra ser uma Ciência Exata, né?
Pra dar banho em um, tinha que deixar o outro (ou a outra) com minha secretária (Fafá) algumas vezes.
Pra amamentá-lo com tanquilidade, pedia para a Fafá brincar com ela.
Devagar comecei a ver Helena e Emanuel brincando e recebendo cuidados de uma terceira pessoa.
Fui me libertando da minha angústia e monopolização.
Hoje, se preciso sair a tarde (e quase sempre preciso ir a escola, por uma ou duas horas), horário em que Helena está na escolinha, faço ele dormir e saio tranquila, porque sei que caso ele acorde, encontrará alguém cheio de carinho... E que em pouco tempo mamãe chegará cheia de amor...
E pensei que isso fosse me ferir ou me fazer sentir menos mãe, ou menos capaz!
Que doideira né?
Hoje vejo que terceirizar minha casa e pedir uma ajudinha com as crianças foi, e tem sido, mais saudável.
Estou mais disposta.
Mais feliz.
E cheia de amor pra dar!!!
Ainda que casadona...
Ainda nos revezamos com os cuidados... Tentamos estar sempre por perto... Não por falta de confiança, ao contrário, confiamos sim na nossa Fafá... Só achamos que, para eles e para nós, é importante que nos vejam sempre por perto...
E continuamos (papai e eu) meio centralizadores ainda... Mas melhorando a cada dia... Sem neuras!
E juro: continuo me sentindo uma mãe super presente! Cheia de energia! Uma dona de casa de muita sorte! E uma esposa cheia de disposição!!!
É minha gente, terceirizar alguns afazeres tem grandes vantagens viu?
Nenhum comentário:
Postar um comentário